Os pesquisadores do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF), do Instituto de Física de São Carlos da USP São Carlos foram premiados com o 2º lugar do “Prêmio Marcos Moraes de Pesquisa e Inovação para o Controle do Câncer- 2022”, uma iniciativa da Fundação do Câncer com o apoio do Instituto Oncoclínicas, premiação esta que tem o objetivo de dar a conhecer as mais inovadoras iniciativas científicas e tecnológicas para o controle do câncer no Brasil.

Este 2º lugar conquistado pelo CEPOF-IFSC/USP na categoria Iniciativas para o controle do câncer, concorreu com outros 43 trabalhos de instituições públicas e privadas oriundas de treze estados brasileiros, sendo seus autores os pesquisadores Natalia Inada, Welington Lombardi, Renata Belotto, Cynthia De Castro, Mirian Stringasci, Hilde Buzzá, Cristina Kurachi e Vanderlei Salvador Bagnato.

Doutora Natália Inada, pesquisadora do CEPOF este trabalho do CEPOF, coloca ainda mais em destaque na comunidade científica a relevância de tratar as mulheres portadoras de HPV e câncer cervical. “Este é um dos tipos de câncer que mais mata mulheres no Brasil e com a Terapia Fotodinâmica (TFD) temos conseguido não só eliminar essas lesões ( HPV), que são precursoras do câncer e colo do útero, como também observar, de modo significativo, uma redução da carga viral, o que diminui muito a chance dessas mulheres contraírem o câncer.

A pesquisadora, pontua que a motivação de toda a equipe para continuar a trilhar esse projeto de pesquisa, junto com os parceiros científicos, se consubstancia em novas fronteiras que se abrem para melhorar os protocolos clínicos e o desenvolvimento de novos equipamentos e técnicas, envolvendo a utilização da luz. “Estamos, inclusive, com um desafio prestes a ser superado, que é a implementação de um protocolo utilizando o laser com fibra óptica  dentro do canal cervical, favorecendo, com isso, a eliminação das neoplasias que estão na parte interna do canal uterino, atendendo a que já sabemos que elas são as mais agressivas e que podem provocar a remoção de parte do colo do útero, algo que é bastante doloroso e com efeitos colaterais importantes, entre eles a diminuição da capacidade de fertilização”, explica Natália.

Assista, AQUI, ao vídeo que fez parte do trabalho apresentado pelo CEPOF.

Para o Prof. Vanderlei Bagnato, que coordena o CEPOF, a determinação de todos os pesquisadores do grupo vai no sentido de promover as melhorias no tratamento de várias formas de câncer, entre elas a do colo do útero, sempre tentando coletar mais conhecimento básico e desenvolver protocolos, técnicas e equipamentos que permitam esse combate.

Quanto ao 2º lugar, Bagnato afirma que ele é fruto de anos de investimento através de projetos que foram financiados pela FINEP, FAPESP e EMBRAPII, desenvolvendo equipamentos e tecnologia em parceria com empresas que irão permitir tratar as lesões já mencionadas acima em qualquer lugar do mundo, especialmente no Brasil.

“Nós temos que fortalecer, cada vez mais, o desenvolvimento de instrumentação que permita uma atuação rápida da medicina e ajustada à nossa realidade econômica. Não importa ter sido classificado em primeiro ou segundo colocado neste prêmio que conquistamos; importa, sim, a vitória que alcançamos com o esforço científico, o apoio institucional e as parcerias. Todos os envolvidos, direta ou indiretamente, são vitoriosos”, salienta e finaliza o pesquisador.

 

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