Era uma vez um jovem de 16 anos que, durante um mergulho na Grécia, ficou impressionado em ver a quantidade de lixo invadindo a vida marinha. “Por que a gente não limpa tudo isso?”, foi o questionamento de Boyan Slat.
Alguns anos se passaram e Boyan virou manchete de jornal aos 18 anos, quando criou um sistema capaz de frear o fluxo de plásticos nos oceanos retirando mais de 7 toneladas do material dos mares. Tá bom pra você?
Tudo bem, nada de teorias mirabolantes, vamos aos fatos: o plástico é um dos responsáveis pelo descontrole climático e vai nos matar se nada for feito. Fato. A missão assumida por Boyan Slat é gigantesca. A Organização das Nações Unidas (ONU) diz que 80% de todo o lixo marinho é formado por plástico. E para piorar, afirma o órgão, se nada for feito, até 2050 a quantidade de plásticos vai superar a de peixes. Representantes do Greenpeace no Reino Unido destacam que todos os anos são despejados cerca de 12 milhões de toneladas de bugigangas diversas e todo o tipo de cacareco que você possa imaginar nos oceanos.
Mas voltando às boas novas, ao jovem sonhador de atitude Boyan Slat, em 2014 seu primeiro protótipo garantiu para ele um prêmio da Organização das Nações Unidas (ONU). Boa! Mas, só reconhecimento não é o bastante para Boyan. Com o apoio de investidores como a Coca-Cola e a banda Coldplay, ele fundou e mantém a The Ocean Cleanup, onde ele é o atual CEO e garante ter meios para remover 80% do plástico das águas do mar até 2030, com expectativa de atingir 90% de abrangência até 2040.
Além do sistema de coleta direta no mar, os cientistas da The Ocean Cleanup também desenvolveram um equipamento chamado “Interceptores”, pasmem, movidos a energia solar eles retiram o lixo dos rios antes mesmo que os detritos cheguem ao oceano. Tais concentrações nos rios foram sacramentadas depois de pesquisas da The Ocean mostrando que os rios são responsáveis por cerca de 80% do despejo de plástico nos oceanos. Hoje, já se tem mais de dez desses equipamentos funcionando em rios de diversas partes do mundo.
Antes dos “Interceptores”, Boyan conta que as primeiras operações de limpeza começaram em 2018, quando foi testado o equipamento System 001. Em 2019, ele fez uma atualização nesse sistema para que o aparelho fizesse a primeira extração de plástico. O local escolhido para o teste foi a “Ilha de Lixo do Pacífico”, que fica entre a costa do estado norte-americano da Califórnia e o Havaí. A ilha ganhou esse nome por acumular 80 mil toneladas de lixo plástico em uma área de 1,6 milhão de km2.dão.
Depois, o System 001 evoluiu para System 002. Também conhecida como Jenny, essa versão foi desenvolvida para realizar algumas operações de limpeza pontuais ao longo dos anos de 2021 e 2022. Boyan tem planos de lançar mais 10 sistemas e entregar as operações na região do Oceano Pacífico, que é o que mais concentra lixo plástico. Ele também quer dobrar o número de equipamentos em funcionamento em rios a cada ano. E o Brasil está na mira, por ser o quarto maior poluidor das águas salgadas da lista apresentada pela organização ambiental WWF (Organização de Conservação Global), que compilou números do Banco Mundial.
Boyan se concentra em rios pois segundo ele os custos para recolher o lixo antes de afetar as praias são menores e, também, no que chama de cinco pontos de acúmulo de lixo e convergência de correntes marítimas. Uma das zonas fica no Oceano Pacífico, precisamente entre o Havaí e a Califórnia, nos Estados Unidos. O lixo movimentado pelas correntezas resultou em acúmulo superior a 1 trilhão de pedaços de plástico na área.
Acredita-se que o The Interceptor seja capaz de extrair cerca de 50 mil quilos de lixo por dia, e a quantia pode dobrar em condições otimizadas. Para capturar o plástico de maneira mais efetiva, ele foi projetado para seguir o fluxo natural dos rios. Com funcionamento autônomo, o sistema pode funcionar 24 horas por dia. Quando sua capacidade atinge o limite, uma mensagem é automaticamente enviada aos operadores locais, que direcionam o barco à costa e encaminham os detritos recolhidos para reciclagem.
Já há interceptores em funcionamento em Jacarta (Indonésia) e em Klang (Malásia). Além destas cidades, o sistema deve ser implementado no Delta do Rio Mekong, no Vietnã, e em Santo Domingo, na República Dominicana. O dispositivo criado por Boyan tem chamado a atenção de empresas em diferentes setores por ser uma ideia inovadora e totalmente dentro da realidade. Agora é torcermos para que os representantes governamentais apoiem a missão, não é mesmo?
Boyan afirma estar sempre em busca de métodos para acelerar o processo de despoluição. Menos dinheiro, mais agilidade. A limpeza dos oceanos é um realidade. O futuro está na mão da juventude e o jovem holandês demonstra determinação em proteger os nossos oceanos. Sua trajetória é digna de nosso respeito, reconhecimento e gratidão.
Nascida em 10 de Janeiro de 1987, jornalista, escritora, empresária, pesquisadora na área de educação e filósofa… Espera, calma! Para um portal como esse, uma biografia ilesa, encaixada e padronizada não combina. Melhores serão informações um pouco mais simples, porém maiores. Vamos de novo:
Sou nascida na Lua Crescente. Capricorniana nata, terra em busca constante por água para fertilizar meu interior. Mulher de um amor maternal a sentir de longe. Descontrolada por vitaminas de abacate e ambrosia. Tenho medo de escuro até hoje. Sou comparada a um tsunami temperamental com genialidade para problemas e muita criatividade sentimental. Acredito em sereias, em bruxas e em pessoas – pois é, até em pessoas. Mudo de humor de acordo com a lua, me desconcentro facilmente, sou esquecida, brava, teimosa, amante do Outono e da Lua, e, agradecida por tudo.
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