Link para download gratuito (sistema operacional Android ou IOS): https://linktr.ee/soutec
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As 72 questões que fazem parte do teste de interesses são fruto do trabalho do professor e pesquisador Mauro Magalhães, da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Especialista em orientação ocupacional e desenvolvimento de carreiras, o professor desenvolveu as questões para o aplicativo com base nos estudos do norte-americano John Lewis Holland.
Consolidada na área da psicologia, a teoria criada por Holland reúne evidências empíricas de sua validade ao longo de mais de 60 anos. “Holland postulou que as pessoas e os ambientes de trabalho podem ser caracterizados de acordo com seis tipos vocacionais e ambientais, a saber: realista (R), investigativo (I), artístico (A), social (S), empreendedor (E) e convencional (C). Na verdade, cada indivíduo ou ambiente possui características de todos os seis tipos em maior ou menor grau”, sintetiza Magalhães.
O download da ferramenta é gratuito e serve para ajudar a identificar o próprio perfil profissional, além de localizar os cursos técnicos que têm potencial para atender a formação do perfil de forma mais adequada.
O aplicativo Soutec, promete estimular os estudantes brasileiros a escolher um curso técnico sob medida, que atenda seu perfil de interesses. Desenvolvida por um grupo de especialistas em computação aplicada à educação de diversas universidades públicas brasileiras, todos eles vinculados ao Núcleo de Excelência em Tecnologias Sociais (NEES) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), a pedido do Ministério da Educação (MEC).
“É fantástico ter a oportunidade de ver a mudança que a gente está fazendo na vida das crianças”, revela o professor Seiji Isotani, do ICMC da USP São Carlos, que faz parte do time de pesquisadores que criou o Soutec, ao se impressionar com uma cena enquanto acompanhava a apresentação do aplicativo para uma turma do novo ano do ensino fundamental da escola estadual professor Sebastião de Oliveira Rocha, em São Carlos: “É fantástico ver um jovem que tem o sonho de ser jogador de futebol responder às questões do teste profissional do aplicativo e, a partir da análise do perfil, descobrir que também tem interesse em trabalhar em uma parte técnica, em cuidar das pessoas. Isso abre um leque de oportunidades para a vida dessa criança.”
Na opinião de Silvana Tonon, professora de ciências que acompanhou os alunos da Sebastião de Oliveira Rocha enquanto usavam o Soutec na sala de aula, a ferramenta pode auxiliar em um momento muito precioso: no próximo ano, devido ao novo ensino médio, esses estudantes precisarão decidir em qual área querem aprofundar os conhecimentos. “Então, é uma época de muitas dúvidas, e o aplicativo já indica uma afinidade com uma área. Mesmo que eles não queiram fazer o curso técnico agora, pelo menos já tem uma indicação de onde eles poderão se dar bem”, ensina a professora.
“O aplicativo estimula o protagonismo juvenil, ou seja, incentiva que os jovens escolham algo para fazer no futuro, pensem em uma profissão desde o ensino fundamental. As oportunidades não existem apenas nas universidades, há opções para resolver os problemas do nosso país também para quem faz ensino técnico”, ressalta Isotani
O lançamento oficial do Soutec no auditório do MEC aconteceu no dia 3 de junho, em Brasília. Durante o evento, foi a vez dos estudantes do nono ano do Centro de Ensino Fundamental 102 Norte experimentarem o aplicativo. Ágeis, enquanto ouviam as falas dos palestrantes, os jovens clicavam sem parar nas telas de seus celulares respondendo às 72 questões do teste de interesses.
Como a proposta nasceu – A demanda surgiu da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do MEC, que identificou a necessidade dos jovens brasileiros conhecerem os cursos oferecidos pela rede federal de educação profissional, científica e tecnológica. A ideia partiu de Vanessa Cristini da Silva Matos, que estava trabalhando na Setec no final de 2020: “Eu pensei em um aplicativo porque a maioria dos alunos tem esse recurso: está na mão, é mais fácil do que um computador, e a gente poderia fazer essa versão sem necessariamente ter internet para usar a ferramenta”, revela a funcionária, que hoje é assessora na Subsecretaria de Planejamento e Orçamento do MEC.
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