Um projeto de aplicativo para conectar geradores aos coletores de materiais recicláveis, desenvolvido por alunos da 2ª série do Ensino Médio do La Salle São Carlos, foi classificado para a etapa nacional do EduEmprèm – iniciativa que visa estimular o empreendedorismo social. A premiação aconteceu no sábado, dia 26, em Canoas (RS).
Cinco alunos, que formam a equipe Sanca Lupina, disputaram com outras equipes de escolas da Rede La Salle localizadas em quatro regiões brasileiras. O app Coleta Já tem perfil no Instagram (@coleta.ja) e site (https://d4arames.wixsite.com/coleta-ja) desenvolvidos pelos próprios alunos como parte do processo de avaliação, que englobou dez semanas de trabalho.
“A intenção é deixar mais eficiente a coleta de resíduos”, explica Larissa Lima, aluna e coordenadora da equipe. “Tem demanda para este serviço, ouvimos mais de 180 moradores e 85% se interessam em separar os materiais”, salienta João Vilela, aluno responsável pela comunicação do grupo. “Para estimular o uso do app sugerimos incentivo por meio do IPTU Verde”, detalha o aluno Davi Gianlorenzo. Também integram a equipe os estudantes Isabelle Victor e Gustavo Iuki.
A equipe entrevistou o presidente da Câmara Municipal de São Carlos, Roselei Françoso, para saber da possibilidade de implementar algum incentivo por meio de desconto no IPTU. “É possível propor uma legislação dentro do IPTU Verde, que concede desconto de até 4% para área verde e permeável, ou desconto na taxa do lixo que por ventura vier a ser implementada”, destacou o parlamentar.
“O EduEmprèm é uma iniciativa da Rede La Salle com o objetivo de fazer com que o jovem olhe para o social de maneira diferente, como oportunidade de transformação, visando o bem de todos e não só o pessoal”, explica o diretor do La Salle São Carlos, Alvaro Luiz Wermann. Para ele, aliar educação com atividades que estimulem o empreendedorismo social é fundamental para formar jovens mais comprometidos com a sociedade.
Já o professor e mentor da equipe Diego Tavares, destacou que as regras do concurso são rígidas. De acordo com ele, mais do que a ideia e a teoria apresentada, o processo é um grande aprendizado. “Os alunos desenvolveram autoconhecimento, habilidades interpessoais, capacidade de negociação para definir tarefas e responsáveis, é uma transformação pessoal muito grande”, observa. Rosangela Flores é a outra professora mentora da equipe.
Tavares ressalta ainda que a Sanca Lupina, assim como as demais equipes finalistas, conseguiu se comprometer com a ideia inicial enquanto grupo. “Nem todas as equipes conseguem essa união. Agora é aproveitar e colher os frutos do trabalho que fizeram”, diz o professor. Os alunos, acompanhado do mentor, embarcam sexta-feira (25) para Canoas para participarem da cerimônia de premiação.